Fracassei! Definitivamente não é algo agradável, ninguém gosta de fracassar. Vivemos todos os instantes traçando metas, planos e agindo em prol de um objetivo que ansiamos atingir, seja em nossa carreira profissional ou nos relacionamentos que construímos. Mas o fracasso acontece e não é incomum nos depararmos com uma situação irreversível que nos afastou das nossas realizações. O que fazer quando fracassamos? Na verdade um bom ponto de partida para essa discussão é “o que você faz quando fracassa?” Como você age quando seu namoro promissor tem um trágico desfecho? O que passa pela sua cabeça quando você é trocada por uma colega de trabalho em uma promoção importante? Como você reage ao saber que não atingiu a nota de corte do vestibular que sonhou durante todo seu ensino médio? Dentro da caixinha da rotina descendo a correnteza de emoções do cotidiano talvez não paramos para pensar sobre como encaramos o insucesso. Mas isso pode revelar grandes fragilidades pessoais que podem ser trabalhadas e fortalecida.
O jeito com que encaramos o fracasso é reflexo da forma com que lidamos com as situações que nos levam à falha. Em seus estudos sobre mentalidade e comportamento, a Prof. Dr. Carol Dweck propõem dois principais modos com que nosso cérebro interpreta os eventos que nos envolvemos, dois “mindsets”. Grosso modo (mais detalhes no livro da Prof. Dwerck), eles são divididos entre o mindset fixo e o mindset de crescimento. O mindset fixo parte do pressuposto que as características das pessoas (principalmente as suas próprias) são praticamente imutáveis. Somos o que somos, nossas características nos definem como tal e não há muito o que possamos fazer para mudar isso. Pessoas de mindset fixo tendem a crer muito mais em talento nato (artes, esportes etc), em habilidades sociais fixas (timidez, carisma etc) e que o esforço é sinal de fraqueza, visto que estou tendo dificuldades em concentrar minhas aptidões para realizar tal tarefa. Pessoas de mindset de crescimento, por outro lado, acreditam piamente na evolução cognitiva, que nossas características pessoais estão sempre em processo de crescimento e no desenvolvimento de suas habilidades. Quem tem essa mentalidade tende a valorizar o esforço acima dos resultados, encarar maiores desafios e rotular menos os colegas. Normalmente as pessoas mesclam os dois tipos de mindsets de acordo com as situações que enfrentam, mas saber qual é o seu dominante pode te ajudar a lidar com o fracasso de forma menos dolorosa. Você consegue identificar qual o seu?
O jeito com que encaramos o fracasso é reflexo da forma com que lidamos com as situações que nos levam à falha. Em seus estudos sobre mentalidade e comportamento, a Prof. Dr. Carol Dweck propõem dois principais modos com que nosso cérebro interpreta os eventos que nos envolvemos, dois “mindsets”. Grosso modo (mais detalhes no livro da Prof. Dwerck), eles são divididos entre o mindset fixo e o mindset de crescimento. O mindset fixo parte do pressuposto que as características das pessoas (principalmente as suas próprias) são praticamente imutáveis. Somos o que somos, nossas características nos definem como tal e não há muito o que possamos fazer para mudar isso. Pessoas de mindset fixo tendem a crer muito mais em talento nato (artes, esportes etc), em habilidades sociais fixas (timidez, carisma etc) e que o esforço é sinal de fraqueza, visto que estou tendo dificuldades em concentrar minhas aptidões para realizar tal tarefa. Pessoas de mindset de crescimento, por outro lado, acreditam piamente na evolução cognitiva, que nossas características pessoais estão sempre em processo de crescimento e no desenvolvimento de suas habilidades. Quem tem essa mentalidade tende a valorizar o esforço acima dos resultados, encarar maiores desafios e rotular menos os colegas. Normalmente as pessoas mesclam os dois tipos de mindsets de acordo com as situações que enfrentam, mas saber qual é o seu dominante pode te ajudar a lidar com o fracasso de forma menos dolorosa. Você consegue identificar qual o seu?
Segundo os estudos da professora de Stanford, o fracasso é muito doloroso para aqueles com mentalidade fixa. Como para elas as características e habilidades de uma pessoa são imutáveis, falhar torna-se uma ofensa pessoal. Se fracassei, significa que não sou bom o suficiente, não disponho das habilidades necessárias para realizar tal tarefa ou desempenhar certa função. A reprovação em um exame importante é sinal de que eu não fui capaz de ser boa o suficiente, logo essa vaga talvez não seja para mim; o fim de um relacionamento significa que “nosso santo não bateu” ou ainda que ele não correspondeu às minhas expectativas; perder um concurso de poesia significa que eu não sou uma poeta exemplar e talvez deva desistir de escrever. No mindset fixo o fracasso corrói, tentamos nos isentar da culpa o máximo possível (normalmente afirmando com eloquência a culpa alheia), responsabilizamos os outros, nos envergonhamos e tentamos extirpá-la de nossos pensamentos. E pior, pouco fazemos para que não fracassemos novamente.
Uma possível solução para isso é tentarmos migrar nosso modo de ver o mundo para uma visão construtiva. No mindset de crescimento o fracasso é encarado como um processo de aprendizado. Como nossas características, nossos rótulos (inteligente, talentoso, gênio) não nos definem, o fracasso nunca é completo. A não obtenção do sucesso é uma oportunidade para aprendizado e aprimoramento das nossas habilidades. A queda em um vestibular concorrido pode ser um sinal que nosso método de estudo é ineficiente e que devemos mudar nossa forma de obter conhecimento, ou ainda uma oportunidade para revermos os nossos pontos fracos e aprimorá-los; um relacionamento que não corre bem pode ser considerado uma derrota, ou uma oportunidade de abertura de diálogo entre as partes para encontrar os motivos de atrito entre o casal. No mindset de crescimento, não somos: estamos!
Migrar de mindset, como estudos comprovam, é algo totalmente possível, mas não é simples. Exige, dentre muitos fatores, um exercício de humildade e auto aceitação. As consequências para autoestima e convívio em sociedade, no entanto, podem ser exorbitantes. No mindset fixo, o fracasso nos torna um fracassado; no mindset de crescimento, o fracasso nos motiva, sem rotular, delegar culpa e derramar lágrimas em vão, lamentando. Como lidamos com o fracasso é parte importante da nossa personalidade e pode definir como agimos em situações de tensão (basta notar que isso é sempre alvo de questionamentos em entrevistas de emprego).
Fracassei! Mas o que aprendi com isso? Porque fracassei? Como posso agir para não falhar mais da mesma forma? Quais são os próximos passos? Perguntas como essa servem para exercitar nosso cérebro e expungir o autojulgamento que pode ter sérios impactos negativos em nossa vida.