terça-feira, 19 de julho de 2016

MINIMUM - Leitura

Sob uma campânula de cristal, abro um livro. Como em uma fenestra de um casarão, admiro o entorno, imerso em momentânea amnésia dos contratempos diários. Página, capítulo, binóculo, espelho. Reencontros com emoções esquecidas, soluções perdidas, paixões deslembradas. Leitura: um incêndio insulado no cerrado. Pós cinzas, a vida renasce. Uma válvula de escape: fujo de mim, para ver-me de fora. Fecho o livro, acendem-se as luzes, limpam-se as lentes. Tudo está mais claro; tudo está mais confuso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário