"Quem guardará os guardiões?". Em suas sátiras, Juvenal buscava descrever e escancarar os podres da sociedade romana dos dois primeiros séculos pós-cristãos. Envolto por um caos político, social e religioso, a Roma Antiga já sentia sua decadência, uma exaustão de um regime impopular e desacreditado. Ao questionamento do autor, Sócrates já havia proposto soluções. Mas o que sempre persiste é a objeção: afinal, quem nos protegerá daqueles que se denominam nossos protetores?
Imersos em uma crise de representatividade em escala global, o mundo clama por um sistema de liderança que transcenda esse sentimento geral de isolamento entre os governantes e a sociedade. Os Estados relutam, o povo sente.
Na imagem, as ruas voltam a mesma interrogação do poeta romano, em uma versão mais contemporânea. Quem irá vigiar os próprios vigilantes?
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